terça-feira, 13 de maio de 2014

Big Brother, I hope you're watching

Esta coisa de sermos muito modernos vem com desvantagens. Uma delas muito em voga é o facto de não termos privacidade nenhuma no que respeita a todas as coisas que conscientemente partilhamos com o mundo.
Sendo a grande fã de teorias da conspiração que sou, gosto de imaginar que tudo o que vejo nos filmes, de uma maneira ou de outra, acontece também na realidade. Como, por exemplo, estar alguém a ouvir as chamadas que faço no telemóvel ou ter amplo acesso a tudo o que tenho no meu computador pessoal. Basicamente, gosto de viver a olhar por cima do ombro, imaginando que há alguém que me segue porque teve acesso aos registos de todas as compras que faço com o meu cartão de multibanco, e acha suspeito o tipo de livros que eu compro para ler- porque eu compro o tipo de livros que me fazem parecer suspeita(who's playing who now?!).

Em geral, eu divirto-me muito com isto. Ainda que sozinha e na minha cabeça.

No entanto, uma das coisas que sempre evitei foi ligar a webcam do PC, sobretudo depois de ver aquela cena da série "Scandal" em que descobrem que conseguiam espiar as pessoas através das câmaras dos telemóveis das mesmas. Normalmente tal deve-se ao facto de o meu quarto não ser o arquétipo da arrumação, e há um limite para as coisas que podem saber sobre mim. Todo e qualquer conteúdo das minhas mensagens mais pessoais sim, estejam a vontade; mas que eu tenho roupas no meu quarto por arrumar já é ultrapassar alguns limites. Acontece que, recentemente tenho-o feito por uma questão de prática, enquanto seco o cabelo e estico-o gosto de ver uma série e uso a Webcam como espelho. E isto fez mudar toda a minha perspectiva em relação a esta questão. Agora tenho a mesma opinião das Webcam que tenho das minhas chamadas, sms, mensagens de Facebook: espero que alguém esteja a ver. Há vidas demasiado patéticas para serem privadas.

Por falar nisso é melhor ir arrumar a casa toda, nunca se sabe quando me entrará pela casa adentro os Serviços Secretos de um país qualquer(não os portugueses, esses são mais patéticos do que eu) à procura de qualquer coisa que nem eles sabem ainda o quê.

quinta-feira, 27 de março de 2014

terça-feira, 11 de março de 2014

Marta em crise

É verdade, decidi voltar.

Nunca quis ir embora, mas cheguei a um ponto em que não sabia o que fazer. Ainda bem que fui, fez-me bem.

Agora preciso de voltar.
Sinto-me pesada, tenho a cabeça cheia de coisas e algumas delas nem minhas são. Preciso disto, de dar estes gritos virtuais porque lá fora não posso fazer barulho.